11 maio 2006

Pais querem que menino de seis anos entre na faculdade

Juan Ramón Peña México, 11 mai (EFE).- Maximiliano Arellano, de apenas seis anos, pode começar a estudar Medicina em pouco tempo, por causa de seus conhecimentos na área e de sua memória fotográfica. A criança já participou de conferências sobre questões como osteoporose, diabete e anemia, uma delas na companhia de universitários que observavam perplexos como Maximiliano apresentava com perfeição o que aprendeu.

Sua mãe, Alejandra de la Noé, disse à EFE que a família acredita que o menino pode cursar as matérias próprias de sua idade com disciplinas de Medicina para que, aos 13 anos, obtenha a licenciatura. Diretores da faculdade de Medicina do estado do México, onde "Max" apresentou recentemente uma conferência, disseram que não sabem do interesse da família para que a criança vá estudar lá.

O diretor da faculdade, Roberto Camacho, disse à EFE que soube do talento da criança quando conheceu o pai, que é representante de um laboratório médico. Camacho disse que seria complicado adaptar as disciplinas e as situações para que uma criança tão nova pudesse ter aulas na universidade.

O acadêmico também comentou a delicada a possibilidade da universidade aceitar Maximiliano como aluno e disse que além de ter que passar pela prova de ingresso, a situação teria que ser avaliada pelas autoridades do centro educacional. Em todo caso, segundo Camacho, Max não poderia entrar no próximo semestre como esperavam os pais da criança, pois as inscrições já se acabaram."Max" começou a dar provas de sua memória fotográfica aos três anos, quando surpreendeu os pais recitando as capitais do mundo.

A partir daí se interessou pelos livros de Medicina do pai, e começou a demonstrar sua extraordinária capacidade para memorizar qualquer texto que tivesse lido. No entanto, a família não sabe se o talento da criança também incluirá um nível de raciocínio superior à média, embora nunca tenha tirado notas baixas na escola.

Alheio à repercussão causada pelo seu talento, "Max" é uma criança normal que gosta de brincar com os amigos e que eventualmente esquece de fazer a lição de casa. "Que lindo ter tantas pessoas", disse, ao ser perguntado sobre a atenção que sua capacidade de memória despertou.

Sua outra grande paixão, além da Medicina, é a biologia marinha. Max guarda como um tesouro um livro de Jacques Costeau, e mostrou à EFE seu animal preferido, o polvo.Ele gosta de todos os estilos musicais, mas prefere a música clássica e cita os grandes compositores e suas obras mais importantes.

"Quero ser médico para curar as pessoas", disse como qualquer outra criança que demonstra uma vocação precoce, mas que, neste caso, poderia realizar este sonho antes do habitual por causa da sua extraordinária capacidade. Sua mãe critica aqueles que "não podem aceitar que o menino seja tão inteligente e que aceitam integrá-lo a classes com pessoas mais velhas".

Ela também não descarta a possibilidade de o filho cursar várias carreiras universitárias e diz que, por enquanto, não fizeram contato com nenhuma associação de crianças superdotadas.

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