29 abril 2008

Belga oferece sexo para virgens em defesa da web

A belga Tania Dervaux está realmente disposta a defender a liberdade na web. E, para incentivar seguidores, ela está oferecendo um serviço não muito usual: promete fazer sexo com todos os virgens que defenderem a liberdade de expressão na Internet.

O protesto da internauta é contra os planos de alguns provedores de Internet, que querem limitar o acesso à web. Ela promove o "free speech" e a inovação. E quer também ajudar a quem se dispuser a lutar pela causa: segundo ela, muitos internautas ainda são virgens. "Este é um problema que quero resolver", Tania declara no site Don't Stay a Virgin ("deixe de ser virgem").

Os termos de serviço apresentados no site exigem que o internauta seja virgem, maior de 18 anos, e autorize que o ato seja assistido por uma platéia e gravado para uso não comercial. O tempo limite para o ato é de 30 minutos, e o uso de preservativo é indispensável.
A engajada Tania ficou conhecida anteriormente por oferecer-se para fazer sexo oral em 40 mil cidadãos belgas em troca de votos, durante sua candidatura ao senado - na qual não teve sucesso.

do Terra, pelo Lelê.

23 abril 2008

Empresa lança papel higiênico literário na Espanha


O velho hábito de ler no banheiro ganhou um componente moderno: o papel higiênico literário.
A empresa espanhola Empreendedores está lançando rolos de papel especial onde aparecem impressos clássicos da literatura mundial para que o usuário vá lendo enquanto permanecer no banheiro.

O produto, vendido só através da internet, inclui trechos de literatura clássica, teatro, poesia e até textos sagrados da Bíblia e do Budismo.

“Hemingway dizia que clássico é aquele livro que todo mundo respeita, mas ninguém lê. O que estamos fazendo é levar os livros aos banheiros, aproximando a literatura do homem", disse o dono da empresa, Raúl Camarero.

"E surge aí um conflito interessante: limpar o traseiro com uma bela obra e o dilema moral que isso representa”, disse.

Da Bíblia foram escolhidos trechos do Apocalipse, do Cantar dos Cantares e dos Provérbios.
Os textos sagrados budistas são O Sutra do Loto e o Livro Tibetano dos Mortos.
A intenção dos sócios da companhia era incluir também trechos do Corão, mas tiveram medo da possível reação dos islâmicos.
“Tivemos medo, sim, de provocar ira e vingança. Alguns até ameaçaram sair do projeto, se insistíssemos”, explicou o empresário.
Peça de teatro
A idéia surgiu a partir de um espetáculo teatral.
Camarero, que dirige uma companhia de teatro, escreveu uma peça intitulada Empreendedores, onde uma empresa imprimia clássicos literários em papel higiênico.
A peça ganhou um prêmio no Festival de Teatro de Sevilha e a companhia decidiu então transformar ficção em realidade.
Os trechos escolhidos para a impressão são clássicos de domínio público, pelos quais não é preciso pagar direitos autorais. Mas a empresa avisa que está aberta a propostas de novos escritores.
Os rolos custam 3,70 euros (cerca de R$ 9,80) cada, e o “leitor” tem a opção de escolher os textos e a cor do papel higiênico.
Eles estão disponíveis nas cores branco, laranja e rosa, feitos de uma celulose mais resistente.
A maioria dos pedidos tem sido de trechos de livros de Federico García Lorca.
“Usamos letras grandes com espaço entre as palavras para que seja uma leitura fácil e relaxante. Às vezes você não tem muito tempo no banheiro e tem a tentação de usar o papel e não ler. Mas se pensar que esse material vai ser desperdiçado para sempre...”, comentou Camarero.
Desde que apareceu em um programa de televisão, a companhia Empreendedores, que anuncia seu produto apenas na internet, está ficando famosa na Espanha.

18 abril 2008

Em Taubaté, concurso para escriturário tem questões sobre BBB e casal "global"

FÁBIO AMATO da Agência Folha, em São José dos Campos

Quem não acompanhou a última edição do "Big Brother Brasil" nem o fim do relacionamento de um casal de atores da TV Globo pode ter ficado de fora da seleção para escriturário da Prefeitura de Taubaté (130 km de SP).

Esses assuntos, entre outros, foram tema da prova do concurso público promovido pelo município no último domingo para a contratação de 40 escriturários (servidor encarregado da escrituração de registros ou expediente em repartição pública).

Ao todo, 1.600 pessoas concorreram às vagas. O resultado sai na próxima semana. Os classificados serão contratados para desempenhar trabalhos burocráticos, por R$ 450 mensais.
"Alexandre, Bianca e Fernando participaram de que edição do programa Big Brother Brasil?" e "Que famoso casal "global" anunciou, recentemente, o fim do casamento?" foram duas das questões. O teste teve 80 perguntas optativas, divididas em português, matemática, informática e atualidades.

Uma das perguntas foi anulada por erro da organização. Questionava o nome do presidente da Câmara Municipal de Taubaté, mas a opção correta --vereador Luiz Gonzaga Soares (PR)-- não constava entre as alternativas.

A seção de atualidades incluiu também questões sobre política ("Quem é o atual prefeito de São Paulo?"), saúde ("Qual é a doença transmitida através do mosquito -Aedes aegypti-?") e esportes ("Quais são os três pilotos brasileiros que disputam a temporada 2008 da Fórmula 1?").
O diretor do departamento de administração da prefeitura, Julio Cesar Oliveira, disse não ver problemas na inclusão das questões na prova. "Diga por que não pode pôr? Isso é uma coisa da administração. Ela resolveu colocar essa questão e pronto."

O presidente da Câmara Municipal criticou a prova. "Esse tipo de pergunta me parece mais relacionada a fofoca do que a conhecimentos gerais. As pessoas poderiam ter sido questionadas, por exemplo, sobre Monteiro Lobato ou Mazzaropi, que fazem parte da cultura de nossa cidade", disse Soares.

Ele afirmou que enviou requerimento ao prefeito Roberto Peixoto (PMDB) solicitando explicações. O documento pede ainda que o prefeito cancele o concurso.

08 abril 2008

Ladrões assaltam Alexandre Pires e depois pedem autógrafo

São Paulo - Dois homens invadiram ontem à noite o estúdio de gravação do cantor Alexandre Pires, de 32 anos, em Uberlândia, em Minas Gerais.

Segundo o boletim de ocorrência, eles aproveitaram quando dois músicos, que estavam em companhia de outras oito pessoas, além de Pires, saíram da casa. Eles foram rendidos pelos ladrões, que invadiram a residência.

Foram roubados celulares e R$ 600. Ainda de acordo com a PM, os bandidos, ao reconhecerem Alexandre Pires, chegaram a pedir um autógrafo e devolveram os celulares. Os ladrões fugiram.

Solange Spigliatti

Agência Estado

07 abril 2008

Cuspe à distância ganha multa, não medalha


Rodrigo Bertolotto
Em Pequim

O conhecido soneto diz que “o beijo é a véspera do escarro”, mas na China é o contrário: é possível ver uma senhorita salivando na rua para depois roçar seu lábio em outro qualquer. E os chineses se afeiçoaram tanto ao catarro que o chamam de “suco de jade”, em uma metáfora digna do poeta Augusto dos Anjos (1884-1914), autor do verso aí de cima.
Olha que o jade é mais valorizado que o ouro na civilização de 4.000 anos – um exemplo: o souvenir mais caro nas lojinhas de produtos licenciados de Pequim-2008 é justamente uma estatueta dessa pedra semipreciosa. A gema também ganhou espaço nas medalhas que serão distribuídas para quem subir no pódio desta Olimpíada, em combinações com os tradicionais metais ouro, prata e bronze dos vencedores.

“Se o Leonardo Di Caprio pode cuspir em um filme ou o David Beckham pode cuspir durante as partidas, por que nós não podemos?”, argumenta o senhor pequinês Chen Chi quando perguntado sobre o hábito que acabara que repetir na cêntrica rua de Wangfujin. A crença local, baseada na medicina tradicional chinesa, é que você tem que eliminar tudo o que é ruim que está no corpo e se a pessoa engolir muco estaria alimentando vermes na barriga.

O governo de Pequim tenta de qualquer forma erradicar os torpedos viscosos, seja instituindo “O Dia sem Cuspir” ou criando multas para infratores (o valor é de R$ 10), tudo para não ficar mal com os visitantes olímpicos do próximo mês de agosto.
As campanhas, porém, começaram em 2003 por outro motivo. À época, uma epidemia de Sars (síndrome respiratória aguda) vitimava pessoas por lá. Quando o surto passou, o costume punk foi retomado com tudo, mesmo com o slogan da campanha (“Cuspir mata mais que uma bomba atômica”).

O ato da catarrada é complexo e pode ser ouvido à distância. O prenúncio vem do nariz: uma puxada de ranho. Na sequência é a vez de um barulho de raspagem da garganta. E no finalmente lá vai o jato. Os mais certeiros miram em ralos, bueiros e saídas de ar do metrô. Os de menor pontaria mandam em qualquer lugar no piso.

“Precisamos de um comportamento mais higiênico e vamos promover um estilo de vida mais civilizado”, afirmou Liu Ying, secretária de Saúde da prefeitura de Pequim. “Queremos que as pessoas parem de cuspir nas ruas e passem a usar lenços e sacos plásticos para eliminar sua saliva”, completou Ying.

A etiqueta ganhou até um índice estatístico. Segundo informe da agência de notícia chinesa Xinhua, a Universidade Renmin fez um levantamento nos últimos três anos para mostrar que os chineses estão sendo abandonados.

Segundo a pesquisa, apenas 2,5% dos pequineses cuspiram na rua em 2007, contra 4,9% em 2006. Já outro hábito condenável também foi contabilizado: somente 1,5% furou fila na capital chinesa em 2007, contra 6% no ano anterior. Não é o que se vê pelas ruas.

Os nacionalistas apontam que fazer os chineses pararem de cuspir é um ato de imperialismo como foi no passado ensinar o cristianismo para crianças da África. Já os novos-ricos de Pequim, que adotaram o modo de vida ocidental "cuspido e escarrado”, apontam os camponeses que migram para a capital como os responsáveis por essa mancha pública. Quando o assunto é cuspe na China, até política internacional e conflito de classes sociais entram no mesmo tacho.

04 abril 2008

Pesquisadores descobrem o cocô humano mais antigo das Américas


Excremento ancestral tem 14 mil anos e foi encontrado em caverna do Oregon (EUA)

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

Não é exatamente o legado que todo mundo gostaria de deixar para a posteridade, mas pelo menos é uma prova indiscutível de que seres humanos o produziram. Estamos falando de fezes com cerca de 14 mil anos de idade, produzidas -- sabe-se lá em que circunstâncias -- por alguns dos primeiros caçadores-coletores a colonizar o continente americano. O achado prova, além de qualquer sombra de dúvida, que os mais antigos moradores das Américas chegaram aqui antes da chamada cultura Clovis, por muito tempo considerada a mais antiga do continente.

A descoberta -- escatológica, mas um bocado importante -- será publicada numa edição futura da revista "Science", mais importante publicação científica dos Estados Unidos. Os pesquisadores, liderados por Tom Gilbert, da Universidade de Copenhague (Dinamarca), não só conseguiram estabelecer a data dos excrementos como extraíram DNA deles. O resultado do teste genético revelou a presença de DNA típico dos indígenas modernos -- aparentemente, seus ancestrais já andavam naquela época pelo Oregon, no noroeste dos EUA.

Caverna especial

A pesquisa de Gilbert e companhia se beneficiou das condições extremamente favoráveis nas cavernas onde os coprólitos -- nome dado às fezes fósseis -- foram encontrados. Por serem extremamente secos, os sedimentos dessas cavernas ajudam na preservação de quaisquer restos antigos. Daí a sorte de conterem 14 coprólitos os quais, pelo tamanho, forma, cor e composição química, pareciam ser de origem humana.

"Na verdade, eles são bem diferentes de fezes frescas -- lembram mais fezes muito ressecadas. Têm o mesmo formato, mas são muito quebradiças, quase com uma textura de biscoito. Mas não estão fossilizadas como acontece com dinossauros -- a parte orgânica não foi substituída por minerais", conta Gilbert, que é britânico, embora trabalhe na Dinamarca. As datas obtidas com o método do carbono-14, o mais usado em material orgânico relativamente recente, ficaram em torno de 14 mil anos do nosso calendário.

O problema é que a escavação da caverna não foi feita usando técnicas estéreis -- ou seja, as fezes poderiam muito bem ser contaminadas com DNA dos pesquisadores. Para contornar o problema, todo mundo que chegou perto do sítio arqueológico foi testado. E o resultado é que ninguém poderia ter sido a fonte do DNA indígena -- ao que tudo indica, ele pertence mesmo aos "donos" originais dos cocôs.

Mais antigo

Brincadeiras à parte, os testes fazem das evacuações a mais antiga evidência direta da presença humana na América. O sítio de Oregon só não é mais velho do que o de Monte Verde, no Chile, com uns 14.500 anos -- as datas lá são consideradas válidas pela maioria dos especialistas, diz Gilbert, mas são indiretas, vindo de material orgânico modificado por humanos, como o carvão de fogueiras.

Espera-se que os cocôs ancestrais sejam o último prego no caixão do chamado modelo Clovis. Batizado em homenagem ao sítio de mesmo nome no Novo México, trata-se da idéia de que os humanos teriam chegado à América apenas uns 13 mil anos atrás. A descoberta de Monte Verde já tinha feito essa idéia balançar um bocado, mas alguns arqueólogos dos EUA ainda se agarram a ela.

"Acho que a principal razão para esse conservadorismo é que as evidências contra o modelo Clovis não são tão sólidas quanto muita gente acha. E também vale lembrar que muitas evidências acabam dando apoio a Clovis -- por exemplo, quando a cultura Clovis surge, aparecem sítios arqueológicos na América do Norte toda, enquanto antes quase não há nada. E, finalmente, se alguém passou a carreira tentando provar Clovis, não vai querer mudar de opinião muito rápido", conclui Gilbert.

Tirado daqui