14 junho 2007

EUA tentaram criar 'bomba gay'

Arma começou a ser planejada em 1994
The Guardian, LOS ANGELES

Faça amor, não faça guerra, pode ser o slogan permanente daqueles que movem campanhas contra a guerra, mas em 1994 a Força Aérea dos EUA produziu sua própria variação da filosofia. O que aconteceria se um produto químico fizesse com que soldados de um Exército inimigo pensassem mais nos atributos físicos de seus camaradas do que na ameaça apresentada pelo inimigo? E assim nasceu o plano da "bomba gay".

Longe de ser o produto de teóricos da conspiração, documentos liberados para uma ONG de combate às armas biológicas de Austin, no Texas, confirmam que os militares americanos realmente exploraram essa idéia. A informação está num CD produzido pelas Forças Armadas dos EUA em 2000, e foi submetida à apreciação da Academia Nacional de Ciências em 2002. Os documentos mostram que eram necessários US$ 7,5 milhões para desenvolver a arma.

Os documentos - liberados mediante uma solicitação intitulada "Harassing, Annoying and Bad Guy Identifying Chemicals" (Químicos para Importunar, Aborrecer e Identificar Bandidos) inclui várias propostas de uso militar de agentes químicos que poderiam ser espargidos sobre posições inimigas. "Um exemplo detestável, mas não letal, seria o efeito afrodisíaco, principalmente se o produto também provocasse comportamento homossexual", diz a proposta do Wright Laboratory da Força Aérea, em Dayton, Ohio.

O Pentágono não negou a apresentação da proposta. "O Departamento de Defesa tem como compromisso identificar, pesquisar e desenvolver armas não letais que apóiem nossos homens e mulheres de uniforme." Aaron Belkin, diretor do Michael Palm Centre da Universidade da Califórnia, que estuda a questão dos gays no meio militar, disse: "A idéia de que se possa espalhar um spray em alguém e com isso mudar o comportamento sexual dessa pessoa é ridícula."

2 comentários:

FELIPE FLEXA disse...
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Anônimo disse...
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