02 março 2007

Cientistas criam detector de mentiras para e-mail

da BBC, em Londres

Cientistas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, disseram ser capazes de identificar uma mentira contada por email.

Analisando cinco características comuns a textos falaciosos, eles identificaram 'pistas' que usuários cometem ao tentar passar adiante suas lorotas no texto escrito.

Segundo eles, a margem de acerto nos testes é de cerca de 70%.

De acordo com a edição desta segunda-feira do jornal Daily Mail, os conhecimentos podem ser condensados em um programa de computador disponível já a partir do próximo ano.

Pistas

Textos falsos têm, por exemplo, 28% mais palavras que textos verdadeiros, descobriram os cientistas.

No entanto, a ocorrência de frases casuais, que possam despertar ambigüidade, é bem menor nos primeiros que nos segundos, eles observaram.

Mais detalhadas que as verdades, mentiras são contadas através do que os pesquisadores chamaram de "expressões de sentido" - como "sentir", "ver", e "tocar" - usadas para criar um cenário que nunca existiu.

Mentirosos desconfortáveis com sua pirraça tendem ainda a usar palavras com sentido negativo, como "triste", "estressado", "irritado", afirmaram os cientistas.

E, finalmente, tentam se distanciar de seu embuste usando pronomes de terceira pessoa, como "ele" e "ela".

Jeff Hancock, coordenador do estudo, disse que, mais que ajudar as pessoas a identificar mentirinhas privadas contadas por seus parceiros amorosos, a pesquisa pode ter diversos usos públicos.

Ao anunciar a destinação de US$ 680 mil (quase R$ 1,5 milhão) para a pesquisa, o jornal da Universidade, Cornell Chronicle, disse que o 'detector digital de mentiras' poderia ser usado para identificar fraudes financeiras e criminosos planejando crimes online.

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